segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Uma vida sem amor

Uma vida sem amor


É como se fosse

Duas gotas de água

Separadas

Papel de carta

Em branco

Onde se lê

Um pranto

Árvores desfolhadas

Sementes sem alma

Uma vida sem amor

É como um sorriso retido

Somente imaginado

Numa manhã qualquer

Sem alguém ao seu lado

Uma vida sem amor

É rua de pedras pontiagudas

Canção não musicada

Abraço perdido

Beijo não beijado

Uma lua despedaçada

È querer correr

Não podendo alcançar

A miragem almejada

Uma vida sem amor

É uma noite fria

Sem lareira

Sem um vinho morno

Sem um olhar no outro

É quase um nada

Tudo que não é

É gritar junto a serra

E não ouvir o sim

Que tanto se quer



Uma vida sem amor

É o vazio de ser

È quando almas

Correm desesperadas

E na estrada sonhada

Tentam se encontrar

E para sempre se perder...

RUSSO,T.C.F.

4 comentários:

  1. Vc inteira nesse poema! ou meia duzia? ou ilusão completa?


    Delicia de texto!
    Bjo

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  2. Se amor fosse algo exato, exata seria a descrição da ausência dele neste poema. Eu ainda ouso dizer que é isso mesmo.

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  3. Theresa. Feliz ano novo, desde este outro lado.
    Um abrazo

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