Havia uma rosa no jardim das vidas. Havia nela raízes do querer ser, existir, sentir, amar, conhecer. Havia uma rosa no jardim das vidas e ela era tocável. Era intocável essa rosa, pois, a rosa era viva. Era bela - ela, essa rosa flor. Eu visitei o jardim um dia, sem vê-la. Outro dia a vi talvez. Talvez a rosa tenha também me visto aqui. Mas, nunca jardineiro estive desse talvez. Folhas que se dependuravam em verde escuro do verde que seria claro quando a luz se fizesse. Espinhos sobressaltados como lebres desentocadas ressurgindo na noite nunca calma. A mente ardendo em fogo alto, nunca brando, nunca morno, cinzas espalhadas pelo chão das pétalas caóticas. Havia a água do viver, pingentes em versos líquidos, azulados dos olhos da rosa pálida. Havia uma vontade do amor ancestral. A rosa era verdade e o jardim agora se veste de saudade...
Theresa Russo
Linda homenagem The, impecável essa tua prosa-poema, podemos tocar o sentimento que fez brotar cada palavra - e também o sentimos. Agora só nos resta confiar em Deus e esperar por dias melhores...
ResponderExcluirBeijo :)