sábado, 18 de setembro de 2010

Uma rosa para Vanessa

Havia uma rosa no jardim das vidas. Havia nela raízes do querer ser, existir, sentir, amar, conhecer. Havia uma rosa no jardim das vidas e ela era tocável. Era intocável essa rosa, pois, a rosa era viva. Era bela - ela, essa rosa flor. Eu visitei o jardim um dia, sem vê-la. Outro dia a vi talvez. Talvez a rosa tenha também me visto aqui. Mas, nunca jardineiro estive desse talvez. Folhas que se dependuravam em verde escuro do verde que seria claro quando a luz se fizesse. Espinhos sobressaltados como lebres desentocadas ressurgindo na noite nunca calma. A mente ardendo em fogo alto, nunca brando, nunca morno, cinzas espalhadas pelo chão das pétalas caóticas. Havia a água do viver, pingentes em versos líquidos, azulados dos olhos da rosa pálida. Havia uma vontade do amor ancestral. A rosa era verdade e o jardim agora se veste de saudade...


Theresa Russo

Um comentário:

  1. Linda homenagem The, impecável essa tua prosa-poema, podemos tocar o sentimento que fez brotar cada palavra - e também o sentimos. Agora só nos resta confiar em Deus e esperar por dias melhores...


    Beijo :)

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