quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Simulação

Entrei no sorriso porta semi-aberta. Visualizei os dois muros paredes invisíveis – uma de cá outra por lá. Senti tecida a rede fina orgânica dos teus pensamentos recheados de fluidos densos que me embriagam um desejo. Emaranhei-me na sinceridade das tuas fibras delicadas e rijas como microfios de aço. Eu que tenho as asas em mim voei bem alto para entornar e digerir cada uma das paredes. Foram-se os dias da vez que me prendi nas delicadíssimas fibras derivadas de ti. Eu talvez já não seja o andante e o fugitivo eterno que te conquistou um dia... Asas para que te quero se quem me prende me sabe estar aqui quando da volta e retorno vem? Talvez eu tenha tido a chance da maior loucura de amor. Ensaiei meu primitivo vôo...Aqui portanto, ainda estou...

RUSSO,T.C.F.

3 comentários:

  1. Delicado e lindo poema. Ler-te é viajar na beleza e complexidade do amor, sempre fico muito emocionada. Cheirinho

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  2. Um encanto de texto, Theresa!
    Fico muito impressionada com a habilidade que tens no manejo das palavras!
    Parabéns,amiga!!!
    Abraço

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  3. Lindas suas intensidades! Que bom te encontrar aqui! Beijos, Bel!
    http://blogdabellisboa.blogspot.com/

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