domingo, 2 de maio de 2010

Astronauta

Estou a descobri meus íntimos segredos. Depois de ti nuvens últimas se foram. Eu que tanto queria ser um astronauta. Um navegador do espaço eu queria ser para alcançar o inalcançável. E essa que se denomina lua, que vejo entre os detalhes de vidro do pequeno quarto do hotel é a culpada. Descobri que a quero tanto, que não quero nada. Lua de mentira, na qual a pedra se vai sem tocar sua pele... Lua dos enamorados, dos desgraçados de paixão. Mentirosa feiticeira, tu não existes lua da ilusão! E quanto mais longe de mim estás, quanto mais se afastas da minha visão, tece o fio da minha alma em ansiedade e solidão...

RUSSO,T.C.F.

Um comentário:

  1. Simplesmente maravilhoso, Thereza!
    Parabéns!
    E sabe que ontem andei às voltas com um texto que envolve lua e astronauta? Vibramos na mesma frequência... Que bom!

    Beijos

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